Resumo—Com a tendência de tornar-se um bem em regime de significativa escassez, em um horizonte de três décadas, a água potável – recurso social, ambiental e econômico – demanda gestão estratégica. Em específico, dentro dos processos acelerados de urbanização, no que tange o enfretamento ao seu desperdício. Dentro dessa perspectiva, o presente trabalho objetivou diagnosticar o cenário de tecnologias de enfretamento ao desperdício de recursos hídricos, em contraponto às práticas de companhias responsáveis pela gestão dos recursos hídricos no território brasileiro. Com esse propósito, foram levantadas as tecnologias utilizadas para identificação de perdas nos processos associados ao tratamento e a distribuição de água: consumo não autorizado e imprecisão de medidas, bem como por vazamentos. Dentro dessa problemática, o trabalho analisou indicadores de perdas em todas as unidades federativas, com vistas a mensurar a eficiência dos gestores nacionais dos recursos hídricos. Adicionalmente, o estudo apresenta discussão a cerca das fontes de perdas do bem, destacando a gestão de balanço hídrico, assim como a manutenção da infraestrutura de armazenamento e de distribuição e processos de medição. A fragilidade das práticas brasileiras de enfrentamento ao desperdício dos recursos hídricos, diante da tendência mundial de escassez, configura-se janela de oportunidade para negócios de impacto – empreendimentos que nascem da busca por soluções inovadoras que mitigue problemas sociais e ambientais existentes.