O relatório do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (2014) registra o crescimento de 11% da desigualdade de renda em todas as partes do mundo. O índice representa 75% da população mundial vivendo, em 2010, com a mesma renda de 1990. Após este alerta, a Organização das Nações Unidas reuniu todos os líderes mundiais, em 2015, e juntos elaboraram a Agenda 2030. A iniciativa prevê ações orientadas aos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, que visam erradicar a pobreza, proteger o planeta e garantir que as pessoas alcancem paz e prosperidade até o ano de 2030. Junto com a Agenda 2030, intensificou-se o movimento de empreendedores com propósito, que desenvolvem soluções inovadoras para problemas socioambientais. Estes modelos de negócios têm diversas nomenclaturas. No Brasil, o termo mais popular é Negócios de Impacto Social (NIS). De acordo com o mapeamento da Pipe.Social (2017), foram identificados mais de 600 NIS em desenvolvimento e operação no Brasil. Entre as diversas informações presentes no relatório do mapeamento, destaca-se o fato de apenas 2 em cada 10 NIS mencionarem alguma tecnologia no desenvolvimento de suas soluções, implicando na dificuldade de escalá-las. A fragilidade da apropriação tecnológica dos NIS brasileiros configura-se como janela de oportunidade de negócios tecnológicos. Nessa direção, este artigo realizou um estudo prospectivo para analisar a viabilidade da prospecção tecnológica de bancos de patentes para desenvolvimento de soluções para NIS de base tecnológica.